Na próxima segunda, Caraguá recebe o Projeto Portinari Arte Itinerante, com exposição e oficinas de arte sobre o pintor Candido Portinari. O evento será realizado entre os dias 12 e 25 de abril, das 8h às 20h30, na Praça Dr. Cândido Motta, Centro.
A proposta é levar ao público informações sobre o artista – sua obra, vida e pensamento. Especialmente sobre os painéis “Guerra e Paz”, que fazem parte do acervo da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.
O projeto será apresentado para os professores dos 5º anos e coordenadores pedagógicos das escolas municipais na próxima segunda-feira (12), entre 19h e 21h, no CIDE Centro, no Tinga. Na oportunidade, também haverá distribuição do material de trabalho.
Na quarta (13), inicia a exposição com 21 réplicas de quadros de Candido Portinari, na Praça Dr. Cândido Motta, entre elas “Retirantes” “Arrastão” “Garimpo” “Flora e Flora Brasileiras”, “Guerra”, “Paz”, entre outros.
De segunda a sexta, de 8h às 9h30 e de 9h40 às 11h10, grupos de 40 alunos municipais dos 5º anos participam do projeto na praça. Enquanto uma turma com 20 estudantes percorre a exposição com instrutores, que explicarão as obras expostas, outra estará na oficina de artes. Na parte da tarde, as atividades serão das 13h30 às 15h e de 15h10 às 16h40.
O horário de 11h20 às 12h30 e das 16h50 às 18h é voltado para a participação do público, em geral. As turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede municipal também participarão do projeto das 19h20 às 20h20.
O Projeto Portinari Arte Itinerante é uma iniciativa da Associação Cultural Candido Portinari, com sede no Rio de Janeiro, e conta com o apoio do Governo Municipal de Caraguá, por meio da secretaria de Educação.
Portinari
Candido Portinari é considerado um dos artistas mais prestigiados do Brasil e foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional.
Filho de imigrantes italianos nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, em uma fazenda de café, nas proximidades de Brodowski, interior de São Paulo. Aos 15 anos, foi para o Rio de Janeiro aprimorar suas técnicas. Participou do movimento Modernista.
Depois de viver dois anos em Paris, em 1931, o pintor volta ao Brasil e muda a estética de sua obra. Aos poucos o artista deixa de lado as telas pintadas a óleo e começa a se dedicar a murais e afrescos.
Em 1939, Portinari expõe três telas no Pavilhão Brasil da Feira Mundial em Nova Iorque e ganha notoriedade na imprensa. Portinari fez dois murais para a Biblioteca do Congresso em Washington. Ao visitar o MoMA, se impressiona com uma obra que mudaria seu estilo novamente: “Guernica” de Pablo Picasso.
Em 1954, Portinari apresenta uma grave intoxicação pelo chumbo presente nas tintas que usava. Mas desobedece as ordens médicas e continua pintando e viajando com frequência para exposições nos Estados Unidos, Europa e Israel. A intoxicação toma proporções fatais. No dia 6 de fevereiro de 1962, Portinari morre em decorrência de complicações do envenenamento pelas tintas.