Mais de 160 pessoas participaram nesta quinta-feira (20/09) da palestra sobre Alzheimer, promovida no Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência e ao Idoso (Ciapi), no bairro Jardim Jaqueira.

O tema foi abordado pela Dra. Regina Gambaro de Abreu, especialista em Geriatria, que explicou sobre o diagnóstico da doença e os principais alertas. Segundo a Dra, a cada quatro segundos uma pessoa é diagnosticada com demência no mundo.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa de evolução lenta e progressiva que causa demência. Compromete múltiplas funções, como memória, linguagem, pensamento, compreensão, orientação, cálculo, aprendizado e julgamento.

Segundo a médica, a doença inicia antes dos sintomas surgirem, porém nem toda perda de memória é Alzheimer. “A doença é marcada pelo esquecimento dos fatos mais recentes. Normalmente no início, a pessoa se recorda das lembranças antigas”, explicou.

A doença apresenta os seguintes sintomas: perda de objetos em lugares inapropriados (ex.: óculos na geladeira ou pendurado no varal); dificuldade em completar tarefas, pois percebe que não consegue fazer corretamente; desorientação espacial ou temporal, quando não reconhece mais o lugar ou não tem noção do dia/mês em que está.

A doença também dificulta continuar uma conversa, pois a pessoa não consegue dar sequência, devido ao esquecimento; tem alucinações e começa a inventar histórias; alterações da percepção; distúrbio do sono, entre outros.

A médica alerta para que a família continue a estimular a pessoa com Alzheimer a realizar pequenas tarefas, pois o exercício da mente é muito importante. “Outro fator importante é não discutir ou desconfiar diante das alucinações, apenas tentar acalmar o familiar ou paciente”, destacou.

A Dra. Regina ainda ressalta que não existe um exame de sangue para detectar a doença, mas que há marcadores que podem identificar alterações no organismo que dão indícios de possível desenvolvimento do Alzheimer.

No Brasil, existem mais de 1,2 milhões de pessoas com demência. Por ano, 5 mil pessoas são diagnosticas com a doença. “As mais afetadas são as mulheres, talvez pela expectativa de vida ser maior que a dos homens”, disse a geriatra.