Foto: Arquivo pessoal Isttefany Morais
Competição será realizada entre os dias 23 de novembro e 2 de dezembro, na China
O triunfo da carreira de qualquer atleta é poder compor a seleção de seu País. Recentemente, a supista de Ilhabela, Isttefany Morais, realizou parte desse sonho, recebendo a convocação oficial da CBS (Confederação Brasileira de Surf), e da CBSUP (Confederação Brasileira de Stand Up Padlle), para compor a Seleção Brasileira que irá representar as cores verde e amarelo no Mundial da Isa, em Riyue Bay, na China.
Isttefany é de família tradicional caiçara, moradora do bairro Ilha das Cabras, local onde deu seus primeiros passos na modalidade, com a antiga canoa caiçara de seu avô “Santinho”.
Com apenas 18 anos, dos quais cinco na modalidade, a atleta já coleciona em sua carreira títulos importantes. Istteefany é tricampeã brasileira nas categorias Kids e Junior, foi campeã na categoria Race Amador entre outros. A tão sonhada vaga na seleção, veio após o desempenho na seletiva realizada este ano em Ubatuba.
A mãe da atleta, Ana Morais, uma das principais incentivadoras da filha, falou sobre o sentimento de realização. “Estamos muito felizes pela vaga. É uma luta que vem desde de 2013, quando ela surgiu na modalidade. A minha filha me deu muitas alegrias no esporte e agora em 2018 completam três anos que ela está no Race Profissional, nos enchendo de orgulho. Ela compete com as melhores do Brasil e tem esse privilégio de estar entre as melhores. Eu vejo que o grande esforço que tem feito, treinado muito e se dedicando ao máximo. Estamos todos muito orgulhos e realizados”, relatou Ana.
Confiante, a atleta diz que não poupará esforços para lutar pelo título. “É um grande orgulho representar minha cidade e meu país. Agora é agradecer a Deus, em primeiro lugar, por me possibilitar chegar onde cheguei. Agradeço também ao apoio especial da minha família e meu esposo (meu treinador), que perseverou e acreditou em mim. Não foi, e nunca será fácil; todas as conquistas foram mérito de muita dedicação, abdicação de algumas coisas e um treino intenso. Foi preciso, acima de tudo, acreditar que eu seria capaz, aliás, os que me apoiaram sempre acreditaram. Essa vaga não é só minha, é nossa, pois a cidade também a conquistou para ser representada no Mundial e eu não pretendo poupar esforços para trazer o título para casa”, disse Isttefany.
Com um alto nível técnico e presença de vários ex-campeões mundiais, a competição utilizará o formato a ser realizado nas competições de surf nos Jogos Olímpicos de 2020. E por mais que o longboard ainda não esteja confirmado nos jogos, apesar de estar presente no Pan-americano, a expectativa é que por meio da visibilidade da competição a modalidade seja integrada às Olimpíadas.