As equipes de controle da dengue do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Caraguatatuba continuam realizando a Avaliação de Densidade Larvária (ADL) que irá indicar o nível de infestação dos bairros e da cidade.
Nesta quarta-feira (25/11), as equipes vistoriaram as casas dos bairros: Casa Branca, Massaguaçu e Capricórnio (região norte). E, até o final de semana, serão vistoriadas as residências do bairro Tabatinga. A ADL acontece até o fim do mês de novembro.
Ao todo serão visitados 600 imóveis, que foram escolhidos por meio de um sorteio no próprio site do Ministério da Saúde. As casas são selecionadas por quarteirão e cada um deles possuem cinco casas
Nas visitas, além das orientações de como combater o criadouro Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela, os agentes preenchem o boletim sobre a ação e, caso sejam encontradas, coletam larvas do mosquito. Elas são colocadas em um frasco de vidro, etiquetadas com data, número da amostra e criadouro, e enviadas ao laboratório para análise.
“Nem toda a larva que encontrada é do Aedes aegypti, mas as chances de ser dele são de 90%, principalmente pelo fato de serem encontradas em determinados recipientes, como tampinha de garrafa e pneus”, disse o biólogo e coordenador das equipes de controle de dengue, Ricardo Fernandes.
Durante a ação no bairro Casa Branca, apenas em um quarteirão, das cinco casas vistoriadas uma tinha larvas, o que representa 20%. Ricardo explicou que “teoricamente, não deveriam ser encontradas larvas em nenhuma das casas porque são apenas cinco; é um número pequeno”. “Esse fator aumenta ainda mais a preocupação com a doença”.
Ele também ressaltou a importância da ação já que “nesse momento começam as elevações das temperaturas e as chuvas ficam frequentes”, o que facilita a expansão dos criadouros.
“Por isso, é importante trabalhar agora antes dos meses de pico da doença, que são março e abril, e eliminar o criadouro”, afirmou. Ele ressaltou que neste ano o pico foi em março. A cidade fechou o mês com 274 casos positivos de dengue.
A grande dificuldade das equipes de controle da dengue continua sendo as casas de veraneio, porque muitas delas estão vazias. Entretanto, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) também se tornou um problema.
Ricardo explicou que a orientação do Ministério da Saúde é evitar entrar nas casas onde moram idosos e pessoas com comorbidades, que fazem parte do grupo de risco da Covid-19. “Isso cria uma pendência, e a gente não sabe se nessa casa vai ter a larva ou não”.
É importante frisar que os agentes fazem todo o processo de avaliação seguindo protocolos sanitários, como manter o distanciamento e o uso de máscaras de proteção.
Casos
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, até está quarta-feira (25), foram registrados 700 casos de dengue na cidade, que está há quase três meses sem casos confirmados da doença. A última notificação foi em agosto. Neste ano, não há óbito.
No ano passado, nesse mesmo período, foram registrados 3.235 casos de dengue, com sete óbitos.
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