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A vacina também será protocolada ainda na tarde desta 6ª feira na OMS (Organização Mundial da Saúde). Assim, a organização poderá acompanhar a produção, de acordo com as normas internacionais.
Não foi especificado o que seria os “resultados excelentes” mencionados por Doria e Covas. O instituto afirmou que realizou os primeiros testes em animais com a ajuda de laboratórios indianos. Mas, por ainda não ter sido testada em humanos, o número de doses necessárias para a imunização é desconhecido.
A ButanVac começou a ser pesquisada em março de 2020. O Ministério da Saúde não patrocinou os estudos, que foram realizados com recursos do próprio Butantan e pelo governo do Estado de São Paulo. Mas o Estado não vai comprar lotes de forma individual, a vacina será oferecida ao governo federal antes de contratos individuais com Estados e da importação para outros países.
Segundo Covas, a vacina 100% brasileira será produzida integralmente contra a covid-19. Para que os testes possam começar em abril, o presidente do instituto afirmou que irá “dialogar intensamente” com a Anvisa e espera que a agência veja a necessidade de rapidez para a aprovação dos testes clínicos em humanos.
A expectativa é encerrar todos os testes e ter 40 milhões de doses da ButanVac até o final de 2021. Covas afirmou que o estudo pode ser encurtado com base nas experiências do Butantan com a CoronaVac.
A tecnologia utilizada é similar à utilizada na vacina da gripe e da febre amarela, ou seja, produzida em ovos. Essa é a 1ª vacina contra a covid com ovo. “Essa é uma das formas mais seguras de se produzir uma vacina. Milhões de pessoas tomam a vacina contra a gripe todos os anos e a nossa tem a mesma tecnologia“, disse Covas.
Além disso, todos os insumos para a produção já existem no Brasil. O Butantan é o maior produtor do hemisfério sul da vacina da gripe, que usa a mesma tecnologia da ButanVac. Por causa disso, o instituto tem a capacidade de produzir até 100 milhões de doses da vacina por ano.
Covas afirmou também que o Instituto Butantan fez um compromisso com países de renda baixa e média para vender a ButanVac. No consórcio, o Vietnam e a Tailândia também vão produzir a vacina e realizar testes clínicos. “O mundo rico combate porque tem recursos, ele vai ficar relativamente livre do vírus. Mas os países pobres podem continuar na pandemia e temos que combater os vírus exatamente nesses países“.
O Butantan estuda ainda o desenvolvimento de outras 2 vacinas contra a covid. Além disso, os estudos com o soro anticovid, autorizados na 5ª feira (25.mar) pela Anvisa, também continuam no instituto.
fonte www.msn.com