O projeto teve início em junho de 2021
com sua última ação no dia 30 de dezembro de 2021
Foram seis meses de estudo, pesquisa, visitas técnicas, promoção de intercâmbio entre as comunidades tradicionais, oficinas, mesas de conversas, vivências, produção de podcasts, exposição online com 16 categorias e com a participação de mais de 120 artesãos da região do Litoral Norte, que contaram com orientação, capacitação e valorização. Além da I Mostra de Saberes Artesanais do Litoral Norte, que resultou em um catálogo impresso com o registro de obras e peças, tudo devidamente registrado e divulgado nas redes sociais do III Fórum de Saberes Artesanais.
O projeto deu início às atividades em agosto, com programações online, com o cuidado de pensar na acessibilidade, colocando pessoas com deficiência como protagonistas das ações e culminando com ações presenciais entre os meses de outubro e dezembro. Foram produzidos um total de 11 podcasts com personagens das comunidades de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, oficinas, veiculação de minidocs e mesas de debates online com temas pertinentes.
No dia 8 de outubro teve início a I Mostra de Saberes Artesanais do Litoral Norte. Contou com a participação de mais de 100 artesãos expondo seus trabalhos, além das obras contendo peças exclusivas dos acervos das famílias Da Motta, Bigode, Prochaska e Jacob. A Mostra recebeu a visita de cerca de 800 pessoas, além de grupos escolares que prestigiaram o evento. As categorias dos artesanatos expostos foram divididas em Acessórios, Utilitários, Decorativos e Tradicionais que concorreram a prêmios entregues em cerimônia realizada no dia 7 de novembro no Teatro Municipal de Ubatuba.
De 28 a 31 de outubro aconteceram, no antigo terminal turístico do Perequê Açu, ações presenciais do III Fórum, com exposição de artesanato que obteve uma média de 70 artesãos de norte a sul de Ubatuba, além de outros vindos das cidades da região. Aconteceram apresentações culturais com a banda Música do Silêncio (grupo de criança e jovens com deficiência de Guarulhos – SP), com a dançarina cadeirante Gaby Carvalho, o Dj Pedrão portador de Síndrome de Down, apresentação da Banda Lira de Ubatuba, grupo de jongo do quilombo da Fazenda da Caixa e apresentação do coral indígena da aldeia Boa Vista. Foram oferecidas oficinas de papel confeccionado a partir de bitucas de cigarro, oficina de tear, confecção de porta panelas com taboa oferecida pelas quilombolas da Fazenda da Caixa, oficina de porta vaso em macramê e produção de utilitários produzidos com podas urbanas oferecida pela PODALAB da USP, além das vivências Viagem Cega e confecção de rede de pesca.
Ainda fazendo parte da programação, aconteceram as mesas de debates no auditório do Instituto Argonauta, que trataram dos seguintes temas: A importância do trabalho artesanal para pessoas com deficiência, Criação x Apropriação Cultural e a questão do manejo ambiental na produção artesanal das comunidades tradicionais, grupos urbanos e artistas individuais. Circularam, em média, 300 pessoas por dia nestas ações.
Após todas estas atividades, o Forum decidiu contemplar 20 artesãos que participaram da Mostra para participarem do ciclo de mentorias de capacitação que aconteceu nos dias 29 e 30 de novembro na Biblioteca Ateneu Ubatubense, cujo temas abordaram: Empreendedorismo, Projetos Culturais, Acessibilidade, Mídias Digitais e Criatividade. Estes artesãos tiveram direito a expor suas obras no período de 10 a 21 de dezembro na secretaria de Turismo da Prefeitura de Ubatuba. A Exposição contou com a visita de 400 pessoas e encerrou com dois dias repletos de atividades para os participantes e visitantes com oficinas de tear, mosaico e confecção de mandala, recreação e atividades para crianças, circo show com o palhaço Zé Gambiarra, apresentação musical com Ana Canoa e Angelo Zuim, além de uma cantata de natal com a Cia de Folia de Reis do Grupo Cantamar.
O Forum encerrou suas ações com um vídeo com a gestora ambiental Clara Jacq, que falou sobre uma das grandes queixas relatadas por todos os artesãos do Litoral Norte, que é a criminalização de práticas artesanais tradicionais, relacionadas ao manejo ambiental na região, que estará disponível nas redes sociais do Fórum.
A realização foi da secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo via Programa de Ação Cultural (PROAC) e contou com os apoios do Conselho Municipal de Política Cultural de Ubatuba (CMPC), Prefeitura de Ubatuba, Fundação de Arte e Cultura (Fundart), Companhia Municipal de Turismo (Comtur) e secretaria de Turismo de Ubatuba.
Todas as ações estão gravadas e podem ser acessadas através de nosso site saberesartesanais.com.br.