Pais e responsáveis começaram a levar as crianças para se vacinarem com a primeira dose contra a Covid-19, na manhã desta terça-feira (18).
Em Caraguatatuba, a vacinação está aberta para os pequenos, com idades entre cinco e 11 anos, com comorbidades ou deficiência. Ao todo, a cidade tem três pontos de vacinação. Para receber o imunizante é preciso estar agendado pelo aplicativo ‘Caraguatatuba 156’.
Entre as crianças, estão os irmãos Rafael de Almeida Nogueira, de nove anos, e Francisco de Paula dos Santos Filho, de sete anos. Ao lado da mãe, Bárbara de Almeida, de 40 anos, os dois se vacinaram no posto de vacinação do Centro de Especialidades Médicas (CEM), no Jardim Primavera.
Bárbara, que é técnica de enfermagem, explicou que a decisão de vacinar os filhos é baseada na ciência e em pesquisas feitas por ela. “Cientificamente, as vacinas são confiáveis. Além disso, a vacinação é uma maneira de prevenir os casos graves da doença”.
A vacinação traz saúde para os filhos e dá mais segurança à mãe, isso porque, segundo ela, após inúmeras pesquisas, a efetividade da vacina é ainda maior em crianças com comorbidades e deficiência. Rafael e Francisco possuem o transtorno do espectro autista (TEA), popularmente conhecido como autismo.
Bárbara é Presidente da Associação dos Autistas de Caraguatatuba e quer incentivar outras mães a buscarem a informação, visando o lado científico, para vacinarem seus filhos. “Nós sabemos que a vacina não impede de pegar a doença, mas evita qualquer situação com maior gravidade. Por isso, ela é muito importante”.
Para explicar aos filhos que era necessário tomar a vacina, Bárbara contou “uma história social”. Ela garantiu que nunca devemos deixar de contar às crianças o que de fato acontece. “Você pode fazer essa explicação de forma lúdica, através de desenhos, brincadeiras, mostrando de fato o que vai acontecer”, disse.
Já os irmãos, ainda meio receosos por conta da vacina, apenas contaram que estão ansiosos para receber a segunda dose.
Os dois foram vacinados na mesma sala. Nesse momento, Rafael ficou um pouco mais tranquilo do que seu irmão, mas nada que pudesse atrapalhar a aplicação do imunizante.
Além dos irmãos, apenas no período da manhã, mais de 20 crianças já haviam passado pelo CEM e recebido o imunizante contra a Covid-19.