Um grupo de servidores públicos municipais entre especialistas da área de saúde e do setor administrativo da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso (Sepedi) e do Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência e ao Idoso (Ciapi), marcaram presença na Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reatech), em São Paulo, no sábado (3).
A Reatech é considerada a principal feira do setor na América Latina e reúne expositores dos segmentos de agências de emprego voltadas para pessoas com deficiência (PcD) e mobilidade reduzida, instituições financeiras, fabricantes de cadeiras de rodas, departamentos de recursos humanos, indústrias farmacêuticas, indústrias dos segmentos de animais treinados, veículos adaptados, fabricantes de aparelhos auditivos, equipamentos especiais, materiais hospitalares, higiene pessoal, próteses e órteses, terapias alternativas, turismo e lazer.
A fonoaudióloga do setor de Planejamento e Atendimento da Sepedi, Paula Hiromi Kavadi, que já esteve em outras edições da feira e também integrou o grupo de Caraguatatuba desta vez, disse que a visitação foi produtiva e recompensadora.
“Para mim, foi algo muito especial porque acompanhar aqueles que atendem, no dia a dia, pessoas com deficiência e familiares na recepção da Sepedi e do Ciapi, vivenciando a Reatech, pela primeira vez, corroborou com a ideia de que um primeiro atendimento empático e de qualidade pode fazer muita diferença na vida do público nesses equipamentos da Prefeitura. Com certeza o olhar desses profissionais foi ressignificado”, afirmou.
Esse foi o caso da agente administrativa Ofélia Grelet, 70 anos. “Foi muito interessante porque a Reatech nos faz entender e aprender como é a classificação para uma pessoa ser considerada com deficiência, além da comunicação em Libras (Língua Brasileira de Sinais) normalizada entre os participantes e que deve ser ampliada em nossa sociedade, e ainda tomar conhecimento de vários equipamentos tecnológicos disponíveis para esse público que não conhecia”, avaliou.
O servidor Hélder Mota, 34 anos, ficou impactado por estar no meio de tantas pessoas com deficiências distintas, bem resolvidas com suas limitações e demonstrando sua capacidade produtiva.
“Como estudante de administração de empresas, foi transformador conversar com pessoas com deficiência que fogem do esteriótipo do vitimismo. Elas são alegres e sabem se posicionar e se inserir socialmente e no mercado. Além, claro, conhecer as tecnologias que permitem o PcD fazer tudo, desde entrar e sair de um veículo, por exemplo, sem a ajuda de ninguém”, ressaltou.