Mais de mil educadores da rede municipal de ensino de Caraguatatuba participam nesta semana (12 a 16/09), de um treinamento em Primeiros Socorros aplicado pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em atendimento às exigências da Lei Federal nº 13.722 de 2018, ‘Lei Lucas’.
Nesta primeira etapa são oito turmas de profissionais da rede abrangendo auxiliares de desenvolvimento infantil, agentes de apoio escolar, secretários de escola, inspetores de alunos, agentes administrativos e auxiliares de serviços gerais.
O treinamento tem por objetivo capacitar os professores e funcionários para identificar e agir preventivamente em situações de emergência e urgência médicas até a chegada do resgate.
A Lei Lucas se tornou obrigatória em estabelecimentos de ensino após o menino Lucas Begalli Zamora, de 10 anos, participar em 2017, de um passeio escolar em Cordeirópolis (SP) e se engasgar com um pedaço de salsicha. Na ocasião, não recebeu de forma rápida os primeiros socorros de desengasgo e quando o atendimento chegou, já apresentava morte cerebral, em decorrência de asfixia mecânica.
No treinamento é abordado sobre o trabalho do SAMU e sobre a ‘Lei Lucas’; Técnicas de Obstrução de Vias Aérea por Corpo Estranho (OVACE), Parada Cardiorrespiratória (PCR), Síncope, Convulsão, Queda, Fratura, Afogamento e Intoxicação.
Na parte prática, os profissionais com apoio de bonecos educativos desenvolvem as técnicas abordadas, principalmente a manobra de Heimlich utilizada em casos de emergência por asfixia, provocada por um pedaço de comida ou qualquer tipo de corpo estranho que fique entalado nas vias respiratórias, impedindo a pessoa de respirar.
A secretária de Educação, Márcia Paiva, destacou a relevância deste momento formativo. “Agradeço a parceria com a Secretaria de Saúde, através da competente e respeitada equipe do SAMU. Essa importante formação em atendimento à Lei Lucas capacita e dá mais segurança aos nossos educadores para identificar situações de risco e aplicar os protocolos iniciais de atendimento até a chegada da ajuda especializada”, disse.
O secretário de Saúde, Gustavo Boher destacou ser esse um trabalho importante que pode ser aplicado muito além da sala de aula, pode salvar vidas de crianças e adultos. “É muito gratificante como profissional da saúde repassar este conhecimento e levar calma e segurança aos educadores”, disse.