Estado começa obras dos Contornos Norte e Sul no próximo mês e desapropriação de moradias ainda é uma incógnita
Projeto dos Contornos Norte e Sul, apresentado pela Secretaria Estadual dos Transportes
O Diário Oficial do Estado publicou na última sexta-feira (15/3) o nome das duas empresas que vão realizar as obras dos contornos Norte e Sul no Litoral Norte.
A empresa Serveng-Civilsan S/A será a responsável pelas obras dos lotes 1 (Martin de Sá, em Caraguá, até a Tamoios) e 2 (da Tamoios até o bairro Jaraguá, em São Sebastião). Os dois trechos serão feitos pelo valor de R$ 537,6 milhões com prazo de conclusão de 20 meses. Por sua vez, a Construtora Queiroz Galvão S/A executará os lotes 3 e 4 (que compreendem de São Sebastião até a área de serra), respectivamente, por R$ 398,2 milhões e R$ 420,5 milhões. A previsão de conclusão é de 36 meses.
A Dersa informou que inicia as obras já na primeira quinzena do mês de abril. Serão construídos 36,9 quilômetros e o custo total será de R$ 1,8 bilhão, incluindo obras, desapropriações de imóveis e reassentamento de famílias. Embora tenha divulgado os nomes das empresas que vão construir os contornos, os municípios ainda não sabem como ficará a questão das desapropriações.
Comenta-se que bairros como Olaria, Casa Branca, em Caraguá, e Morro do Abrigo, Topolândia e Itatinga, em São Sebastião, devem sofrer desapropriações. Essa indefinição foi criticada pelo secretário de Meio Ambiente de São Sebastião, Eduardo Hipólito do Rego, em entrevista a uma rádio local na semana passada.
“Será um projeto imposto pelo Governo do Estado que não sabemos quais áreas, quantas pessoas e quais bairros serão afetados. Convoco a população para pressionar o Estado quanto a essa indefinição, senão vai ocorrer igual ao Rodoanel em São Paulo, onde muitas pessoas não receberam nada das desapropriações”, comentou.
Em visita ao Litoral Norte no final do ano passado na reunião da Região Metropolitana do Vale em São Sebastião, o secretário estadual dos Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho, informou que o Estado faria visitas sociais aos moradores de imóveis que serão afetados pela nova estrada e iniciar o processo de negociação para posterior desapropriação. (A.G.)
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