Comportamento
Coletores do “Funk do Lixeiro” não serão demitidos pela Tejofran
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Cicinho e Isaak |
A empresa Tejofran decidiu apenas advertir e não demitir os dois coletores de lixo que são protagonistas de um vídeo que “bomba“ na internet. O vídeo ganhou destaque nas redes sociais e na imprensa: o site G1 e o jornal OVale deram matérias sobre o os coletores dançarinos de Caraguá. A empresa, que pensava em demitir os coletores, voltou atrás e optou apenas em adverti-los. O vídeo com dois coletores de lixo dançando durante o trabalho, pendurados na traseira do caminhão, em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, virou hit na web. Editado, ao som do ‘Passinho do Volante’ (aquele do refrão “Ah, leleke, lek, lek”), a gravação teve mais de 88 mil visualizações em seis dias. A dupla, funcionária da Tejofran – empresa terceirizada que presta serviço de coleta à Prefeitura de Caraguá desde 2010 -, foi flagrada em um dia chuvoso no fim do mês de janeiro deste ano, pela ocupante de um veículo que seguia atrás do caminhão de lixo. Quando viu o vídeo neste mês em uma rede social, o mecânico Adriano Lupieri, de 27 anos, morador do litoral, teve a ideia de inserir o funk para acompanhar as imagens e republicou no último dia 20 o vídeo batizado de ‘Funk em Caraguá não tem hora’. “Decidi editar o vídeo até como uma forma de homenageá-los. A gente sabe que o trabalho deles não é fácil, estava chovendo no dia e, mesmo assim, eles não deixaram a alegria de lado. Acho que todo mundo gostou”, disse Lupieri ao site G1. Segundo ele, o vídeo foi gravado na rodovia Rio-Santos, próximo ao Shopping Serramar.
Inspirado em Naldo
Um dos protagonistas do vídeo é José Cícero dos Santos ‘Cicinho’, de 25 anos, morador do bairro Perequê – na imagem ele é o da esquerda. Há quatro meses na Tejofran, ele disse que a alegria é uma das suas marcas no trabalho e contou que ficou espantado ao saber que as imagens dele e do colega Isaac dançando haviam ido parar na internet.
Ele disse ainda que o caminhão havia finalizado o trabalho do dia e que estavam retornando para a sede da empresa. A idéia de dançar foi uma forma de passar o tempo e eles não sabiam que haviam sido filmados. “Eu gosto demais de dançar e sempre que tenho um tempo livre, aproveito para fazer isso. No dia em que fomos filmados, acho que estávamos cantando um música do Naldo”, disse o coletor, que gosta de funk.
Procurada, pelo site G1, a Tejofran informou por meio da assessoria de imprensa que teve acesso recentemente ao vídeo, também pela internet, após a divulgação do material nas redes sociais e que os trabalhadores serão advertidos por conta da conduta. Segundo a empresa, a postura foi considerada inadequada do ponto de vista de segurança do trabalho.