“Os eleitores de Marina são compostos, grosso modo, pelos eleitores dela — que não querem a polarização desde 2010 –, parte do eleitor de Dilma — que é um eleitor que está nostálgico do PT de ontem — e atrai também o eleitor do Aécio, que é um eleitor anti-PT. Mas ela está voltando para a base de 20%. Acho que ela não perde com eleitores de Eduardo Jorge e Luciana Genro, que talvez tenham uma característica de esquerda mais delineada, menos difusa”, finaliza Carlos Melo.

Carlos Melo avalia a atuação dos candidatos “nanicos”: “Eu tendo a dar importância, pois eles ficam na memória. Em 1985, lembro de um sujeito chamado Rivaildo Ovídio. O Enéas. Esses candidatos dão um certo tempero para o debate. Há uma disputa entre Eduardo Jorge e Luciana Genro sobre quem é o candidato do eleitor que se descolou do PT. Para os dois demarcarem seu esquerdismo, era importante bater em quem mais expressava a direita, que é Levy Fidélix. Não é briga de nanicos, é briga por posições ideológicas”.

Em relação a corrupção, assunto recorrente ao longo do debate, Carlos Melo discute: “A questão da corrupção foi tão presente que até Dilma Rousseff lançou mão do tema sem ter sido provocada. Ela está querendo marcar a seguinte posição, a questão da Petrobrás já foi solucionada, apurada. A presidente, ainda bem, não tem controle sobre a Polícia Federal. Essa afirmação da Dilma é falha, mas tem apelo político. Mas a corrupção tem importância? A questão é importante, mas ocupa a periferia do assunto quando a questão econômica vai bem.  Há distribuição de renda, emprego, então as pessoas relevam”.

“É possível que Marina tenha estancado sua sangria e que Aécio tenha ganhado alguns pontos dos indecisos. Esses dois vão para o segundo turno ainda mais empatados.”

Sobre o desempenho de Marina Silva, Melo comenta: “Ela foi muito assertiva, num momento muito importante que é o primeiro bloco. Depois, aas pessoas cansam, os candidatos cansam. A minha impressão, no embate entre Aécio e Marina, eu fico com a impressão de que Marina teve, no início, uma posição mais contundente. Mas, num segundo momento, Aécio travou um embate com Dilma de mais profundidade”.

“O pódio vai depender muito de preferências de eleitores. Dilma foi bem para o seu grupo, está no segundo turno, defendeu sua posição e defendeu sua estratégia. Teve três embates com Aécio Neves para esvaziar Marina. Dá a falsa impressão de que ela quisesse destruir Aécio, mas talvez não”, avalia Carlos Melo.

O cientista político e colunista do Estadão Carlos Melo comenta o desempenho dos candidatos.

Termina o último debate entre os candidados à Presidência antes do primeiro turno.

CARLOS MELO, colunista do Estadão: Difícil dizer quem, entre Marina e Aécio, ganhou o debate e o direito de enfrentar Dilma. Aécio cometeu o erro de levantar a voz e o dedo indicador para Luciana Genro; perdeu a fleuma de lorde e não se deu formalmente bem nos embates contra Dilma e Marina. Mas, foi o mais contundente no conteúdo das críticas à Dilma; acertou bons lances do embate direto com a presidente. Para o eleitor mais bem informado e crítico, Aécio foi melhor. Mas, Marina foi mais coração e sua “performance” talvez seja percebida como mais agressiva e franca. O certo é que apresentou-se melhor do que vinha se apresentando nos últimos dias. Conseguiu estancar a sangria? As urnas dirão.

Luciana Genro (PSOL): “Quero agradecer principalmente a todos e todas que têm me acolhido, principalmente a juventude que acredita que pode fazer um futuro melhor. A eleição tem dois turnos. O primeiro é hora de votar naquele que vocaliza bandeiras nas quais você acredita. Nós estivemos na linha de frente das bandeiras do movimento LGBT durante todo o processo eleitoral. Precisamos acreditar que é possível mudar, e junho de 2013 nos fez acreditar que sempre é possível mudar. A nossa luta não termina no 2º turno”.

Aécio Neves (PSDB): “Essa foi uma semana muito especial para mim. Lembrei muito de algo da minha infância, de que a gratidão é a memória é a alma do coração. Este é o sentimento que tenho hoje. A cada um de vocês, reitero o que disse pessoalmente, posso fazer um governo transformador. Reuni os melhores para fazer com que seu filho tenha a melhor educação, para que a segurança pública seja uma realidade. Quero ser o presidente de todos os brasileiros”.

Eduardo Jorge (PV): “Mais de 100 mil pessoas nas redes sociais nos acompanharam nesse debate horizontal. O Partido Verde é um partido conservador, reformista e revolucionário, capaz de enfrentar o consumismo capitalista que corrói. Eu peço a vocês que, no primeiro turno, vote com o coração e com a razão. Porque assim eu posso influenciar sim no segundo turno, mesmo não estando lá”.

Dilma Rousseff (PT): “A eleição é um momento especial, em que a gente pode enfrentar algumas questões. O telespectador tem que perguntar quem tem mais experiência e capacidade para avançar ainda mais? Quem tem compromisso com os trabalhadores para defendê-los nos momentos bons e ruins? Quem tem a possibilidade de criar um novo ciclo com o Brasil mais competitivo, moderno e mais inclusivo? Temos condições de dar um passo com mais segurança, mais educação”.

LEvy Fidélix (PRTB): “Agradeço a Deus por nos ter dado conforto e firmeza quando tentaram atentar a moral e os bons costumes sobre a minha figura. Eu nunca incitei a violência, principalmente porque sou cristão. Queremos sim que as pessoas tenham educação de qualidade, saúde para os nossos velhinhos, os jovens que não foram citados por ninguém. Sei que não vou ganhar porque os três que estão pontuando, a grande mídia, o capital já o elegeram. Mas estarei de volta com insistência”.

Marina Silva (PSB): “Eu sei que a sociedade brasileira tem um desejo profundo de mudança. E quer mudar a qualidade da política, que os políticos de fato possam representar a nossa população naquilo que ela quer ser representada. Na saúde, na educação, na proteção ao meio ambiente. Sabemos o quanto a população quer dar um basta na corrupção, que drena bilhões. Nós apresentamos um programa, para que se tenha passe livre para os estudantes e o compromisso de aprofundar nossa democracia, que vira quando você vencer o medo”.

Quem começa é o candidato Pastor Everaldo (PSC). “A Constituição brasileira diz que é princípio das relações internacionais do Brasil repudiar o racismo e o terrorismo. Quero deixar registrado aqui que a candidata, semana passada na ONU, defendeu o diálogo com assassinos terroristas. Reafirmo o meu compromisso com a vida desde a sua concepção. Sou contra a legalização das drogas. Sou a favor do casamento entre homem e mullher.”

Começam as considerações finais, que serão feitas em 1min40.

Luciana Genro (PSOL) replica: “A presidente não respondeu minha pergunta. Ela não pode fazer uma revolução tributária porque ela depende dos bancos, eles financiam a campanha dela, assim como a do Aécio e a da Marina”. “Não é preciso esperar para fazer política social. Se faz política social quando se dá visibilidade a ela”, treplica Dilma (PT).

O tema sorteado para Luciana Genro (PSOL) é políticas sociais, e é direcionada para Dilma Rousseff (PT). “Acredito que o meu governo já demonstrou que as políticas sociais são o centro do governo. Colocamos os pobres na folha de pagamento. Criamos o Pronatec para que as pessoas do Bolsa Família tenham qualificação. Criamos o Minha Casa, Minha Vida para que as pessoas que têm maior déficit habitacional tenham acesso à moradia”, responde a presidente.

“Nós propomos a redução do Estado. Todo trabalhador brasileiro que ganhe até R$ 5 mil estará isento do imposto de renda”, replica Everaldo. “No nosso plano de governo, porque temos plano de governo, o que Aécio e Dilma não têm, vai promover a redução tributária”, finaliza Marina (PSB).

Pastor Everaldo (PSC) questiona Marina Silva (PSB) sobre reforma tributária. “Hoje quem ganha menos paga mais. No modelo que temos hoje, as pessoas tem que mover sua estrutura só para pagar e cumprir seu dever com impostos. Hoje, o cidadão que paga seus impostos no supermercado, não sabe que está pagando menos do que quem compra um avião. A nossa proposta é mais barata, promove a justiça e simplifica, para que o cidadão não seja prejudicado”, responde Marina.

“Não bote palavras na minha boca, aqui quem muda de opinião não sou eu. Sabemos que o aumento real do salário mínimo só vai acontecer quando o Brasil voltar a crescer”, replica Aécio (PSDB). Marina (PSB) treplica: “Temos um plano de governo. Eu apresentei um plano. Infelizmente, você não apresentou. Por respeito ao povo brasileiro, apresentamos um programa de governo para mostrar o que faremos para retomar o crescimento”.

O próximo tema é legislação trabalhista. Aécio Neves (PSDB) questiona Marina Silva (PSB). “Manter os direitos trabalhistas. Eu fui fundadora da CUT e sei o que as leis trabalhistas significam. O que vamos fazer é viabilizar meios para que 20 milhões de trabalhadores que estão hoje na informalidade possam trabalhar no mercado formal. Eu defendo que o trabalhador, que é penalizado porque começa a trabalhar mais cedo para se aposentar mais cedo, tenha direito a uma reforma no fator previdenciário”, responde Marina.

“Nós temos uma situação em que a falta de autonomia do Banco Central, corroída por políticas erráticas do atual governo, elevou os juros e a inflação. Em lugar de fazer um investimento bom, que gera emprego e renda, é melhor ficar em especulação de capital”, replica Marina (PSB). “O que eu queria saber é se você vai abaixar o juro ou não? Com independência ou não”, finaliza o candidato do PV.

Marina Silva (PSB) questiona Eduardo Jorge (PV) sobre capital privado, e critica medidas do atual governo. “O problema maior é a questão do juro altíssimo. A independência que vocês defendem coloca a política de serviços totalmente refém dos juros altíssimos. Até os capitalistas depositam dinheiro no banco e vão passear na Europa e não investem nas próprias empresas”, responde o candidato do PV.

“Países como Holanda já utilizam a privatização. Tratar as penitenciárias como fábricas, indústrias, por que não?”, replica Fidélix (PRTB). Em tréplica, Aécio cita novamente os programas do governo de Minas Gerais para a população carcerária.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi só elogios ao desempenho de seu companheiro de partido no debate, Aécio Neves, e reclamou da postura da presidente Dilma Rousseff. “Aécio está seguro, muito bem. Dilma muda a realidade. Ela fala em 56 milhões de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família, quando são pessoas e não famílias. Fala que o País faliu três vezes no meu governo. Isso é mentira. Suponho que ela diga falir ir ao FMI. Mas uma das vezes que fomos ao FMI, a decisão foi aplaudida pelo Lula, porque ele ia assumir. A Dilma confunde as coisas”, disse Fernando Henrique. O ex-presidente acompanhou Aécio no camarim até o início do debate. “Estou fazendo o que posso para ajudar”, disse. “Eduardo Jorge está bem. A Marina vai bem, mas parece frágil, devia ser mais incisiva”, opinou o ex-presidente.  (Luciana Nunes Leal, repórter do Estadão)

Levy Fidélix (PRTB) questiona Aécio Neves (PSDB) sobre situação carcerária. “Imagine que nesses 4 anos de governo da presidente Dilma, aquelas masmorras medievais receberam apenas 10,9% dos investimentos aprovados para a situação carcerária. Minha experiência em Minas Gerais, as PPPs, são elogiadas internacionamente, estamos trazendo investimentos privados para as penitenciárias”, defende o tucano.

“Eu sei que o senhor não tem familiaridade com essa questão do cadastro ambiental rural, ele está em andamento. Não depende de regulamentação. 79% da matriz energética do Brasil é correta e sustentável”, replica Dilma (PT). “O seu governo atrasou em 2 anos o cadastro ambiental rural. O seu governo é o governo do improviso, das respostas que vêm quando o problema já existe”, treplica Aécio (PSDB).

A pergunta seguinte, feita por Dilma Rousseff (PT), é direcionada a Aécio Neves, que deverá falar sobre mudanças climáticas. “A senhora está na contramão da sustentabilidade a incentivar o uso dos combustíveis fósseis. Precisamos mudar a nossa matriz, o que seu governo não fez. Temos um potencial extraordinário de energia eólica, de geração de energia através da biomassa”, defende Aécio.

CARLOS MELO, colunista do Estadão: O debate começou eletrizante e o telespectador do primeiro bloco foi brindado com embates como há tempos não se via na política nacional. O grosso da audiência assistiu Marina se impondo a Aécio e Aécio instigando mais contundentemente a  Dilma no que se refere à corrupção e à economia. Dilma martelou no ponto da corrupção, como que a querer firmar que foi seu governo que “investigou, apurou e puniu” os casos de corrupção na Petrobras; na economia naturalmente não admitiu erros. Foi sua estratégia se antecipar à criticas que tendem a ocupar a pauta do segundo turno.

“A lei do lixo acabou, vocês não extinguiram os lixões e o Ministério do Meio Ambiente não fez nada. A senhora está colocando a culpa nos municípios. Por que a senhora quer ser uma presidente imperial?”, replica Jorge (PV). Em tréplica, Dilma (PT) enumera investimentos em saneamento básico feitos pelo seu governo.

Eduardo Jorge (PV) questiona Dilma Rousseff (PT) sobre saneamento. “É muito importante o saneamento para a saúde pública. Colocamos o dinheiro à disposição dos municípios. Nesse período, conseguimos mais que dobrar a oferta de saneamento básico e esgoto. Tenho muito orgulho do que estamos fazendo no nordeste para a convivência com a seca”, responde Dilma.

No quarto e último bloco, os candidatos fazem perguntas sobre temas definidos em sorteio. Haverá também tempo para as considerações finais.

“Estou falando de um problema penitenciário. O ministro da Justica de Dilma está aqui, com um projeto há dois anos na mão e não vota. 40% dos presos hoje são presos provisórios”, replica Eduardo Jorge (PV). “É preciso agilizar os processos. Políticas integradas vão diminuir o número de presos. Esta história de engavetador da República, também existe engavetador de terras indígenas. O governo da presidente Dilma foi o que menos demarcou terras indígenas”, treplica a candidata do PSB.

CARLOS MELO, colunista do Estadão: Dilma insiste no tema corrupção provavelmente de firmar a versão de que foi seu governo que investigou e puniu. É uma linha de defesa,

Eduardo Jorge (PV) questiona Marina Silva (PSB) sobre excesso de detentos em penitenciárias. “Hoje temos que enfrentar o problema que leva à morte de 56 mil pessoas por ano, a maioria pessoas negras, pobres, das periferias. Temos presídios lotados, desumanos. Temos que ter um trabalho que leve em primeiro lugar à prevenção. Para isso é preciso implantar políticas como o pacto pela vida”, responde Marina.

“Nem a competência do seu marqueiteiro é capaz de mudar a história”, ataca Aécio (PSDB). Dilma (PT) treplica: “O senhor deveria olhar com mais detalhes as propostas que faz, como fornecer remédio gratuito para aposentados. Isso está em vigência, chama Farmácia Popular. Interesse público para nós é fazer do orçamento um orçamento para os pobres”.

Aécio Neves (PSDB) questiona Dilma Rousseff (PT) sobre inflação e crescimento econômico: “A senhora fracassou na condução das políticas econômicas no seu governo?”. “Eu fui bem sucedida, se comparar aos governos dos quais seu partido esteve à frente. Em alguns momentos, o senhor nega a realidade do seu governo. Vocês tiveram uma taxa de juros que bateu todos os recordes durante a gestão Armínio Fraga. A partir do que o senhor se considera capaz em relação ao meu governo?”, responde Dilma.

“Por eu ter falado deste assunto no programa eleitoral, a coligação da candidata me tirou 3 minutos. Se um funcionário da Petrobrás indicado pelo governo levou para casa R$ 70 milhões, imagine os chefes dele”, replica Everaldo (PSC). “Infelizmente, não há medidas tomadas para combater a corrupção. O que se diz é que não sabia. Pessoas virtuosas criam instituições virtuosas”, treplica Marina (PSB).

Pastor Everaldo (PSC) questiona Marina Silva (PSB) sobre a corrupção na Petrobrás. “De fato, é lamentável o que acontece hoje no Brasil. A presidente Dilma diz que não sabia que uma pessoa estava cometendo corrupção por 12 anos, mente sobre sua demissão, na qual ainda foi elogiado na ata de demissão. Nós vamos combater a corrupção, a começar por não nomear corruptos”, ataca Marina.

Em réplica, Marina (PSB) ataca a presidente, citando a demissão de Paulo Roberto Costa. “O seu diretor, nomeado por você, de fiscalização do Ibama, foi afastado pelo meu governo por desvio de recursos. E eu não saí por aí dizendo que você sabia da corrupção. Sejamos honestas”, finaliza Dilma (PT). Marina Silva, mesmo com o tempo esgotado, continua falando.

Marina Silva (PSB) dirige a próxima pergunta a Dilma Rousseff (PT), que deve falar sobre compromissos assumidos no primeiro mandato. “Cumpri todos os meus compromissos. Temos a menor taxa de juros da história. Não houve governo que mais combateu a corrupção como o meu. Se hoje esses crimes estão sendo descobertos foi porque nós investigamos. Vocês dizem que vão continuar nossos programas. Como quem não os fez vai mantê-los? Como a dona de casa vai acreditar que nós, que criamos os programas, não sabemos mantê-los?”, responde Dilma.

Em réplica, Fidélix (PRTB) afirma: “O nosso governo está engavetando o reajuste do exército, marinha e aeronáutica. Eles não fazem nada a não ser dar dinheiro a quem não precisa, principalmente os cubanos”. “O PSC tem lutado para colocar em votação a PEC 300, que estabelece a dignidade salarial do policial. Infelizmente o governo não deixa votar”, finaliza Everaldo (PSC).

Levy Fidélix (PRTB) escolhe Pastor Everaldo (PSC) para sua pergunta, dizendo que vai “melhorar o nível”. A questão é sobre segurança pública. “Hoje o cidadão de bem está preso dentro de casa. O bandido está solto na rua. Minha primeira proposta é a criação do Ministério da Segurança Pública. Estamos querendo reequipar, reaparelhar e sincronizar toda a polícia do Brasil”, responde o candidato do PSC.

Ao final do segundo bloco, aliados de Dilma Rousseff elogiavam o desempenho da presidente, mais calma do que nos debates anteriores. Alguns deles creditavam a maior tranquilidade da presidente ao fato de a petista ter crescido nas pesquisas e ampliado a vantagem sobre Marina Silva e Aécio Neves.

Aécio Neves reservou convites para os amigos não políticos, como o cantor Fagner, o ex-jogador Ronaldo, o coordenador do AfroReggae José Junior e o empresário Alexandre Acioly.

Armínio Fraga não estava na plateia quando foi criticado por Luciana Genro. Todos os olhares se voltaram para a cadeira do ex-presidente do Banco Central, mas ele tinha saído no intervalo e voltou depois do embate da candidata do PSOL com Aécio Neves. (Luciana Nunes Leal, repórter do Estadão)

“Um programa de 14 milhões de famílias não tem nada a ver com um programa extremamente fatiado até 10 milhões. O Minha Casa, Minha Vida, que talvez você não consiga dar continuidade porque não conhece, contempla quem recebe até 1 salário mínimo”, replica Dilma (PT). “Me desculpe, mas quem não conhece seu governo é você”, treplica Aécio (PSDB).

Dilma Rousseff (PT) questiona Aécio Neves (PSDB) sobre moradias populares. “Eu defendo bons programas, que serão mantidos, como o Bolsa Família. Mas serão aprimorados. O Minha Casa, Minha Vida, por exemplo, vai contemplar os estratos que ainda não foram contemplados, os que recebem 3 salários mínimos. Sem achar que desobriu a roda”, responde Aécio.

Luciana (PSOL) replica: “Quem não tem conexão com a realidade é você, que anda de jatinho e tem salário alto. Vocês zombam do povo que anda de ônibus. Tu é tão fanático das privatizações que fez um aeroporto e deu uma chave para o seu tio”. “Acusações levianas em um debate à Presidência não levam a nada. A senhora definitivamente não está preparada para esta disputa”, finaliza Aécio (PSDB).

A primeira pergunta do bloco é da candidata Luciana Genro (PSOL) para Aécio Neves (PSDB). O tucano deverá falar sobre corrupção e privatizações. “Isso é um espetáculo, não tem a menor conexão com a realidade. O Brasil não seria o País que é hoje sem o governo do PSDB. Nós combatemos o governo do PT porque temos uma visão adversa da que eles têm. Queremos uma gestão pública profissionalizadas. Políticas sociais que superem a pobreza, não que convivam com ela, como parece conviver o PT”, afirma Aécio.

No terceiro bloco, valem as regras do primeiro. Os candidatos fazem perguntas com temas livres.

Em réplica, Luciana Genro (PSOL) ataca: “Eu temo, Marina, que tu ceda a pressões para uma segurança pública militarizada, violenta. Porque tu tens cedido a várias pressões”. “Eu tenho uma vida inteira dedicada à defesa de direitos humanos, mas por uma questão eleitoreira, você faz questão de me colocar no mesmo patamar daqueles que eu enfrento. Isso é política de conveniência”, treplica Marina (PSB).

A próxima questão é sobre segurança pública. Luciana Genro (PSOL) direciona para Marina Silva (PSB). “Temos a proposta de fazer com que os recursos que temos hoje, que são insuficientes, saiam dos R$ 600. Pessoas são assassinadas em função de um descaso em tratar o problema da segurança como se fosse nacional. A maioria das pessoas que estão sendo assassinadas são em sua maioria negras e pobres”, responde Marina, citando o pacto pela vida, de Eduardo Campos.

“Todas as vezes que você faz apologia às drogas, o Brasil desguarnece suas fronteiras. Não adianta vir dar de mocinha porque você está incitando jovens a usar drogas. Eu não incitei ninguém contra ninguém. Nunca tive um processo para o senhor Jorge falar que vou sair daqui preso. Me respeitem”, replica Fidélix (PRTB). “Eu não estou aqui fazendo aplogia à maconha, ao crack, ao lexotan, ao rivotril”, treplica Luciana (PSOL).

Levy Fidélix (PRTB) questiona Luciana Genro (PSOL) sobre combate às drogas: “Você esteve em Cuba, na Venezuela, e treinou muiot bem a guerrilha. Estudei você antes de vir paraa cá. O que você vai fazer com tantos jovens que estão drogados hoje e não tem recursos?”. “Hoje vivemos uma verdadeira guerra aos pobres ao invés de uma guerra Às drogas. A polícia chega matando. A polícia pacificadora não funciona. A guerra Às drogras não acabou com o tráfico, apenas aprisiona negros e pobres. Por isso defendemos o fim desta lógica de segurança pública. Uma política que venha para defender os direitos humanos e não violá-los”, responde Luciana.

“Ele insiste, vai apresentar depois, se for para o segundo turno e se ganhar. Essa balbúrdia de tributos clocada no Brasil exige que 20 pessoas em uma empresa se posicione apenas para pagar impostos”, treplica Eduardo Jorge (PV).

O candidato Aécio Neves (PSDB) dirige sua questão sobre custo Brasil para Eduardo Jorge (PV). “Para o PV uma questão muito importante é a reforma tributária. Vocês do G3 estão propondo um cheque em branco. O imposto único proposto pelo seu partido vai diminiur em 10% o preço dos alimentos. Quero saber se o senhor está disposto a discutir sobre isso comigo”, responde Jorge. “Com o senhor estou disposto a falar sobre qualquer coisa”, responde Aécio sorrindo.

CARLOS MELO, colunista do Estadão: Um ato falho? Pastor Everaldo dirigiu-se a Aécio Neves como “meu querido senador”. Estaria o pastor preocupado em “levantar a bola” para Aécio Neves? Provavelmente, não. A confusão com o tema e a pergunta simples, ao final, foram “provavelmente” mera coincidência.

“O PSC defende o fim do fator previdenciário. Hoje, a deficiência da previdência é lamentável. Precisamos recuperar o poder da aposentadoria”, replica Everaldo (PSC). Em tréplica, Aécio (PSDB) afirma: “Estamos todos mergulhados em alternativas. Eu quero reiterar aos aposentados brasileiros, vamos rever o fator previdenciário”.

“O Brasil tem um problema grave de previdência. Eu era governador em Minas Gerais, em 2006, e ali começamos a discutir um projeto viável, racional, para o sistema de previdência no Brasil. E avançamos. Infelizmente, o presidente da República arquivou esta proposta de reforma. Assim como arquivou todas as outras”, responde Aécio (PSBD).

CARLOS MELO, colunista do Estadão: Imaginem o quanto, em geral, é difícil compreender as sutilezas e as diferenças entre “autonomia” e “independência” do Banco Central.

Pastor Everaldo (PSC) dirige sua pergunta a Aécio Neves (PSDB). Seu tema é previdência social, mas o candidato do PSC opta falar sobre o Programa de Aceleração do Crescimento. O mediador William Bonner interrompe e pede que o candidato fale sobre o tema determinado.

Marina (PSB) replica: “Está falando a Dilma das eleições e não a Dilma das convicções. Por não ter sido nem vereadora e ter sido presidente da República, confunde os poderes”. “Informo à candidata que a inflação está sob controle. Acho importante ela ler o que está no programa, até porque eu não tenho responsabilidade sobre isso. Quer dizer então, candidata, que quem não fez a carreira não pode ser presidenta?”, treplica Dilma (PT).

Marina Silva (PSB) questiona Dilma Rousseff (PT) sobre o papel do Banco Central. “A senhora tem feito uma série de acusações sobre a automia do Banco Central, que a senhora defendeu em 2010. Qual Dilma está falando agora?” “Você está deliberadamente defendendo autonomia com independência. Independentes só são os poderes. Independência do Banco Central é dar um quarto poder aos bancos. Sempre me acusam de não respeitar as autonomias. Ela tem que ser uma opção que os governos fazem em relação a uma política de combate à inflação. Sugiro que a senhora leia o que escreveram no seu programa”, responde Dilma.

CARLOS MELO, colunista do Estadão: Desta vez foi Dilma quem perguntou e ouviu o que não queria. O tema foi “privatizações”; um tema que que o PT vem insistindo para constranger os tucanos. A resposta de Aécio em relação às privatizações dista anos-luz da da timidez de Geraldo Alckmin, em 2006.

“Acho estranho que o senhor trate com tanta leveza a questão das privatizações. Foi no seu governo que um alto funcionário disse que estavam tratando as privatizações com grande irresponsabilidade”, replica Dilma (PT). “Vocês entregaram nossa maior empresa, e isso quem diz é a Polícia Federal, a uma quadrilha”, treplica Aécio (PSDB).

Dilma Rousseff (PT) questiona Aécio Neves (PSDB) sobre o papel das estatais. “Faltou a senhora dizer quais foram os serviços prestados por Paulo Roberto Costa à nossa Petrobrás. Imagine uma Embraer nas mãos do PT. Fizemos das privatizações em setores que eram necessários. No nosso governo, a Petrobrás vai ser devolvida aos brasileiros. Os bancos públicos não serão cabides de emprego”, responde Aécio.

“Insistem em negar os fatos. É má fé. Eu gostaria de dizer que qualquer governo democrático cumpre as leis. Eu cumpro a lei nos casos de interrupção à gravidez”, finaliza Dilma (PT). Em réplica, Eduardo Jorge (PV) defende: “Eu acho que se a senhora pensar bem, eu gostaria que a senhora reconsiderasse e pelo menos pensasse em apoiar o PV em revogar essa lei machista que mata mulheres como Jandira”. “A lei prevê a interrupção em três casos, e nos três casos com a autorização da gestante”, treplica Dilma.

O primeiro tema é corrupção. Eduardo Jorge (PV) dirige sua pergunta a Dilma Rousseff (PT), que questiona a presidente sobre mortes por abortos ilegais. “No tema corrupção, eu gostaria de fazer um esclarecimento. Foi dito que eu menti sobre a corrupção na Petrobrás”, e lê um trecho do depoimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa à CPI da Petrobrás.

No segundo bloco, candidatos fazem perguntas entre si com temas definidos por sorteio.

CARLOS MELO, colunista do Estadão: Folclórico, no mínimo — no mínimo! Será assim que Levy Fidelix passará para a história da eleição de 2014. Em que pesem a justeza de seus argumentos, Luciana Genro e Eduardo Jorge disputam a primazia da esquerda e escolheram Fidelix para se firmarem.

Levy Fidélix (PRTB) questiona Luciana Genro (PSOL), que ataca o candidato: “Tu devia ter saído daquele debate algemado. Tu devias pedir perdão aos milhões de cidadãos que tu ofendeste”. “Minha posição cristã exige que eu diga o que eu penso, baseado na Constituição”, replica Fidélix. “Cristão, evangélicos e mesmo ateus não compactuam com o que tu fala, Fidélix”, treplica Luciana, que cita o cancelamento da distribuição de kits contra homofobia nas escolas públicas por pressão de bancadas evangélicas.

Eduardo Jorge (PV), questiona o candidato Levy Fidélix (PRTB): “Da última vez, o senhor extrapolou todos os limites. Com sua fala, agredindo o púlbico LGBT, agrediu a 99,9% dos cidadãos. Sugiro que o senhor peça perdão”. Fidélix responde: “O senhor não tem moral nenhuma para me falar disso. O senhor propõe que o jovem fume maconha. Propõe o aborto. Seguindo o que reza a Constituição, sugeri que as pessoas repensassem, porque precisamos ter uma família tradicional. Pense duas vezes antes de dizer que fez uma apologia. Apenas defendi uma posição cristã”. Eduardo Jorge replica: “Então nós vamos nos encontrar na justiça. Se você quer me processar também, faça. E vamos ver na justiça. O senhor envergonhou o Brasil com sua atitute”. “Me envergonha você por defender jovens que estão indo para clínicas de aborto se matar. Ao fazer apologia às drogas. O Brasil quer que seu jovem seja sadio. Vire sua boca para lá”, treplica Fidélix.

Marina (PSB) replica: “A minha proposta é de que os programas sociais devem ser estendidos para alcançar a população que ainda não é contemplada, 4 milhões ainda estão na espera do Bolsa Família. Nosso governo vai dar o 13º para beneficiados do Bolsa Família, pois não há nada pior do que não poder dar uma ceia para seu filho”. “Para mim o melhor benefício social é quando o beneficiário pode abrir mão dele”, treplica Everaldo (PSC).

Marina Silva (PSB) questiona o candidato Pastor Everaldo (PSC) sobre programas sociais. “Fui precursor do Bolsa Familia ao implantar o Cheque Cidadão no Rio de Janeiro. Pela primeira vez, famílias puderam comprar iogurte e biscoito para suas criança. O Bolsa Família não é patrimônio de um partido”, responde Everaldo.

Em réplica, Dilma (PT) defende: “Eu concordo que é importante valorizar o professor. Tanto que aprovamos destinar 50% do pré-sal para a educação”. A candidata aproveita para defender o Pronatec. “Eu acho que esses royallities vão entrar pela porta e sair pela janela”, treplica Eduardo Jorge (PV).

A próxima pergunta é feita por Dilma Rousseff (PT) para Eduardo Jorge (PV): “O que o senhor considera importante em relação ao Pronatec e às escolas técnicas federais?”. “Na área da educação, o Partido Verde definiu três áreas baseado no Plano Nacional da Educação. Não existe uma educação de qualidade se o professor não for respeitado, é entre os profissionais universitários o mais desprestigiado”, responde o candidato.

CARLOS MELO, colunista do Estadão: Marina defendeu-se com rara competência. Nem nada se parece, no debate de hoje, com a candidata apagada do debate da Record.

CARLOS MELO, colunista do Estadão: Coerente com o antipetismo, Aécio busca alvejar Marina identificando-a com o PT. Marina lança mão do “mensalão” do PSDB; a ex-senadora respondeu com igual contundência. É a disputa direta pelo segundo lugar.

“A senhora tem falado que vai governar com os bons. Até aí isso é óbvio, nunca vi alguém dizer que vai governar com os maus. Nada mais antigo do que nomear aqueles que foram demitidos nas urnas pelo povo”, replica Aécio. Marina: “O senhor diz que fui atacada injustamente pelo PT. Também estou sendo atacada injustamente pelo senhor”.

A próxima pergunta é de Aécio Neves, dirigida para Marina Silva (PSB), sobre ataques em relação à sua candidatura. “A nova política estava na postura de quem nunca se rendeu àquilo que é ilicito e ilegal, como é o caso do mensalão. O senhor também participou do mensalão, que nasceu na votação pela reeleição, e nunca o vi fazer críticas sobre a sua permanência. Eu saí do PT para manter minhas convicções. Eu não o vi fazer nenhuma crítica à reeleição, que aliás é um atraso para o País”, defende Marina.

“Os correios estão me processando porque denunciei este escândalo no meu programa. Estão tentando calar a boca de quem fala a verdade. Está na hora de dar um basta”, replica Everaldo (PSC). “O que expresso aqui é indignação daqueles que não aguentam mais ver o Brasil a serviço de um poder. Da ocupação do Estado BRasileiro”, treplica Aécio (PSDB).

Pastor Everaldo (PSC) questiona o candidato Aécio Neves (PSDB) sobre esquemas de corrupção nos corrreios. “É vergonhoso aquilo que vem acontecendo nas nossas empresas públicas. Os centenários correios estão a serviço de uma candidatura em Minas Gerais. Descobrimos que grande parte das correspondências enviadas por nós não chegaram aos destinatários. O mais grave em relação à Petrobrás é que a presidente acaba de dizer que demitiu o ex-diretor Paulo Roberto Costa. Não é o que diz a ata”, responde Aécio.

Luciana Genro (PSOL) tem 30 segundos para a réplica: “O mensalão foi o primeiro escândalo que mostrou aonde levam essas alianças com a direita”. “Não acho que são alianças que defendem corruptos, eles estão em todos os lugares”, treplica Dilma (PT).

A primeira pergunta do bloco é feita pela candidata Luciana Genro (PSOL) para Dilma Rousseff (PT) e é sobre o esquema de corrupção da Petrobrás. “Nessa campanha, eu discuti propostas para eliminar a corrupção. Destaco colocar caixa dois como crime eleitoral e a criação de uma nova estrutura junto aos tribunais superiores, visando acelerar o julgamento de pessoas com foro privilegiado. No caso da Petrobrás, eu demiti este diretor envolvido no escândalo, e autorizei ampla e total abertura a investigações”, responde a presidente.

O posicionamento dos candidatos no estúdio foi definido por sorteio. Nos quatro blocos, os candidatos farão perguntas entre si. No primeiro e no terceiro, o tema será livre. No segundo e no quarto bloco, os temas serão decididos por sorteio. Cada pergunta terá 30 segundos, com 1min30 para cada resposta. Réplica e tréplica terão 40 segundos cada.

CARLOS MELO, colunista do Estadão: Num festival de expectativas opostas, a eleição chega indefinida ao final do primeiro turno. Os petistas torcem para liquidá-la já neste domingo – naturalmente, temem riscos do segundo turno. Os tucanos creem na virada, que seria mesmo espetacular – como se alguém tivesse gritado: “Aécio, levanta-te e anda”; e ele, estimulado pela paralisia de Marina, andou. Já os seguidores da ex-ministra prendem a respiração e deixam de sonhar; neste momento, rezam para que a hemorragia que vitimou sua candidata estanque rapidamente. É a mais disputada eleição desde 1989 – quando o segundo lugar foi disputado voto a voto por Lula e Leonel Brizola.

Começa o debate, mediado pelo jornalista William Bonner.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acompanhou Aécio  Neves até a entrada do palco onde os candidatos se enfrenaram pela última vez.O tucano cumprimentou efusivamente Eduardo Jorge e, quando Dilma Rousseff, entrou, trocou dois beijinhos com a presidente. Marina Silva, a última a entrar, cumprimentou Aécio, Luciana Genro e Pastor Everaldo e logo sentou-se na poltrona. Somente na hora da foto conjunta a candidata do PSB cumprimentou Dilma, com dois beijos, mas sem sorrisos. O espaço reservado a Aécio tinha o candidato a vice, Aloysio Nunes Ferreira, o ex-governador Alberto Goldman, o candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB, Pimenta da Veiga, o presidente do DEM, senador Agripino Maia, entre outros.

O candidato Aécio Neves foi o primeiro a arrancar risos da plateia, quando, no teste de microfone, disse “Alô. Aécio, 45”. Eduardo Jorge entrou na brincadeira: “Boa noite, ele é 45, mas eu sou 43”. Os demais limitaram-se a um sério “Boa noite”.

“Quando acabar essa coisa toda vamos almoçar? Vamos botar a conversa em dia”, convidou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao encontrar o ex-companheiro de PT e de Câmara dos Deputados Maurício Rands, hoje no PSB e um dos coordenadores da campanha de Marina Silva. A claque da presidente Dilma foi reforçada pelo vice-persidente Michel Temer, e os ministros Aloizio Mercadante, Miguel Rossetto, Moreira Franco e Thomas Trauman. (Luciana Nunes Leal, repórter do Estadão)

Após o debate, o cientista político Celso Melo volta à ‘TV Estadão’ para comentar o desempenho dos canditados.

“Marina e Aécio tendem a disputar a posição do mais forte adversário de Dilma Rousseff. É provável que os dois tentem confrontar Dilma com uma virulência muito maior. A presidente tende a se posicionar de acordo com sua posição no segundo turno. Em quem ela vai bater para tentar tirar do jogo? Por exclusão, aquele em quem ela bater menos é com quem ela quer ir para o segundo turno”, finaliza Melo.

Sobre as declarações homofóbicas do candidato Levy Fidélix no debate promovido pela Rede Record, Celso Melo comenta: “Acho que foi tãão absurdo, e é um candidato com tão pouca relevância, que era melhor deixar passar batido. Mas as declarações dele foram muito graves, muito pesadas”.

“Acreditar em uma vitória no primeiro turno, é uma crença, uma torcida. Pode acontecer? Tudo pode acontecer. Mas é provável que a decisão seja no segundo turno. Só não me arrisco quem vai concorrer com Dilma Rousseff.”

“Eu diria que ficamos naquela situação em que os tucanos creem e os marineiros rezam, na tentativa de estancar a queda que atingiu a candidata. Dilma não teve um crescimento abrupto como foi a queda de Marina, ela voltou ao patamar em que estava antes da ascensão da candidata do PSB.”

Sobre os dados das últimas pesquisas, Melo afirma: “Esta eleição é a mais extraordinária desde 1989”.

O cientista político e colunista do ‘Estado’ Carlos Melo comenta, em instantes, na ‘TV Estadão’ as expectativas para o último debate entre cadidatos à Presidência.

“Dilma afirma que demitiu o ex-diretor da Petrobrás, mas ata diz que Costa renunciou”, diz texto publicado nos perfis do Twitter e do Facebook da candidata pelo PSB Marina Silva. “Quem mente na campanha eleitoral?”, afirma. A candidata devolveu as acusações da campanha da presidente Dilma Rousseff.Leia reportagem completa.

No último programa do horário eleitoral gratutito na TV, os candidatos à Presidência da República apelaram para que o eleitor reflita sobre seu voto. Enquanto o tucano Aécio Neves pregou o voto útil para “derrotar o PT”, a petista Dilma Rousseff tentou convencer o eleitorado de que é a única que tem experiência e capacidade para governar e fazer as reformas necessárias. Já Marina Silva (PSB) disse que o Brasil real não é a “ilha da fantasia” exibida na propaganda eleitoral petista. Leia mais.

A série ‘Entrevistas Estadão’ conversou com candidatos à Presidência e seus vices. Assista.

Ferramenta do ‘Estado’ compara perfil, propostas e intenções de votos dos candidatos à Presidência. Confira.

Coligação da candidata do PSB, Marina Silva, promete evento chamado “Virada 40”, para tentar reforçar o número da candidata para os eleitores. Vejareportagem completa.

A presidente Dilma Rousseff não ficará na defensiva no debate. Aliados de Dilma avaliam que tanto a candidata do PSB, Marina Silva, como o tucano Aécio Neves tentarão usar o encontro para “polarizar” com a candidata à reeleição.Leia mais.

Pesquisa Ibope divulgada hoje mostra a presidente Dilma Rousseff (PT) à frente nas intenções de voto, com 40%. Marina Silva (PSB) segue no segundo lugar com 24% e Aécio Neves mantém 19%. Veja pesquisa completa.

Boa noite! Iniciamos a cobertura em tempo real do debate entre candidatos à Presidência.