Há sete meses, o Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência (Ciapi)de Caraguatatuba iniciou uma oficina voltada para pessoas com a doença de Parkinson ou com problemas de saúde que comprometam a autonomia e mobilidade.
“Nosso público-alvo são idosos que, por algum motivo, perderam a capacidade de se deslocarem sozinhos, sem o auxílio de muletas ou andadores ou que frequentemente perdem o equilíbrio e sofrem quedas. O trabalho é voltado para o fortalecimento muscular, marcha e atenção. São propostos movimentos que causam desequilíbrio na marcha e exigem coordenação motora, justamente para que eles recuperem a segurança na caminhada e nos movimentos”, explicou a professora.
São 35 inscritos nessas aulas, entre eles, Luiz Francisco de Andrade Maia, 68 anos, que começou a apresentar os sintomas do Parkinson há um ano.
“Quando cheguei ao Ciapi não conseguia vestir, sozinho, calças, por exemplo. Levantar da cama ou cadeira também era com muita dificuldade. Hoje faço tudo sem ajuda. Meu objetivo é retardar ao máximo as consequências da doença”, declarou Maia.
Uma das alunas que está desde o início da atividade, Regina Célia da Costa Rosa, 76 anos, chegou na oficina por causa de quedas constantes em casa e na rua.
“Estava perdendo o equilíbrio para andar e fazer coisas no dia a dia. Tive várias quedas, me machuquei e fui encaminhada inclusive pelo médico para fazer tomografia do cérebro. Mas não foi diagnosticado nenhuma problema sério de saúde que justificasse as quedas. Atualmente estou muito bem. Só tenho a agradecer a professora Thaís”, afirmou.
O aposentado Edmar Tompson de Godoy, 76 anos, chegou para fazer a oficina há quatro meses de muletas. “Como faço tratamento oncológico e por causa da baixa imunidade e da pandemia da Covid-19, fiquei dois anos dentro de casa. Sempre fui ativo e gosto muito de dançar com minha esposa, mas desencadeei uma artrose nos joelhos nesses dois anos que me levaram a usar andador e muletas. Não tenho palavras para explicar o quanto essa oficina é maravilhosa. Não preciso mais de muletas e já voltei a dançar um pouquinho em festas com minha esposa”, disse Godoy.